A tática tem origem no Julgamento de Salomão, uma história bíblica na qual Salomão, o rei de Israel, realiza um julgamento entre duas mulheres que afirmavam ser a mãe verdadeira de uma criança. O rei sugeriu cortar o bebê ao meio, com cada mulher recebendo uma metade. Com essa tática, conseguiu reconhecer a impostora como a mulher que aprovou a proposta, enquanto a mãe real implorava que a criança fosse mantida viva e dada aos cuidados de sua rival.

Diante de um impasse estabelecido entre um grupo de pessoas que deve chegar a um consenso sobre determinado tema, o decisor toma uma posição arbitrária temporária, que pode afetar negativamente os envolvidos, informando que será implementada caso a equipe não chegue a um consenso.

Pode-se aplicar a tática juntamente com a tática do ultimatum.

A tática funciona porque ativa os vieses cognitivos do contraste, do efeito do contexto/relatividade, do efeito do enquadramento e efeito priming, que influenciam a decisão de quem recebe a tática. Ao pressionar os envolvidos a tomarem uma decisão, estes são obrigados a flexibilizar suas posições, tendo como referência melhor a proposta apresentada pelo decisor, que atua como alternativa ao acordo a ser estabelecido com consequências negativas para os envolvidos. Se quem aplica a tática tem poder de influência e de decisão ou controle, ativa também o gatilho da autoridade em quem recebe a tática.