Hollywood em polvorosa: não bastando a greve desencadeada pelos escritores, que perdura desde maio, a indústria do cinema está diante de um outro evento que pode comprometer aquele seu tão desejado “momento pipoca” (seja em casa ou nas telonas): o Sindicato dos Atores aprovou uma greve geral, sem previsão de data para terminar.
A razão? O conflito de seus interesses com os dos estúdios e produtoras, que pretendem reduzir salários e benefícios.
A notícia da paralisação foi divulgada em uma live, feita à meia-noite da última quinta-feira (13/07), feita pela SAG – AFTRA (Screen Actors Guild-American Federation of Television and Radio Artists, sindicato estadunidense que representa aproximadamente 160 mil atores de cinema e televisão, jornalistas, personalidades do rádio, músicos, cantores, dubladores, influenciadores da internet, modelos e outros profissionais de mídia em todo o mundo).
A quantidade de visualizações da live (que se aproxima de 120 mil); os impactos já sentidos por conta de produções que foram suspensas pela greve dos roteiristas (Stranger Things e Cobra Kai, sucessos no streaming, são apenas duas delas); os filmes já anunciados cujas produções ficam comprometidas (por exemplo, Gladiador 2 e Deadpool 3); e o “peso” dos envolvidos (profissionais do calibre de Matt Damon e Margot Robbie, dentre muitos outros, estão dando total suporte à iniciativa) mostra bem o poder de influência que será enfrentado pelos Estúdios e Produtores.
Tudo indica que será um processo de negociação muito duro. De um lado, sindicatos determinados a lutar pelas classes que representam; do lado dos produtores, declarações como a do CEO da Disney Bob Iger (que se manifestou dizendo que tanto os escritores quanto os atores estão nutrindo expectativas irrealistas em relação aos resultados que as greves podem gerar) dão bem o tom do que vem pela frente.
Até onde isso vai?
Bem, segundo os sindicatos, a greve vai perdurar até que contratos mais justos sejam firmados entre as partes. Já os Estúdios e Produtores afirmam que não cederão às reivindicações e se dizem prontos para uma prolongada.
Nossa opinião?
Vai ser uma batalha de gigantes, que pode (pelo poder detido pela indústria cinematográfica) ter impacto em outras áreas de interesse dos grevistas (por exemplo, nos contratos de publicidade). Isso pode fazer com que a adesão daqueles que tem menor capacidade de se manter seja reduzida no decorrer do processo.
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